Stress, o assassino silencioso

‘Funciono melhor sob pressão’. Quem de nós não disse já esta e outras frases para exprimir o quanto o stress ajuda a cumprir as nossas missões?

O stress faz parte da vida. É fundamental para lidar com desafios e para responder prontamente a situações súbitas e perigosas. O corpo liberta hormonas, como a adrenalina e o cortisol, que orquestram uma resposta física e mental para aumentar a energia disponível e o foco.

Contudo, o stress prolongado mantém o corpo silenciosamente em modo de emergência. Ao longo de vários anos, o que seria biologicamente adaptativo e positivo, pode transformar-se no nosso assassino.

Fisicamente, desenvolvem-se condições crónicas como a hipertensão, colesterol elevado e níveis altos de açúcar no sangue, que dão lugar a doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes. Aumenta a vulnerabilidade a inflamações e infeções, o risco de cancro. Mentalmente, perdemos capacidade de foco, de memória, de aprendizagem e de regulação das emoções – a ansiedade e as depressões tomam conta da nossa vida.

O stress crónico pode ser induzido por dietas desequilibradas, álcool, tabaco e/ou outras drogas, exercício insuficiente e déficit de sono ao longo da vida. Por sua vez, uma vida de stress pode induzir comportamentos de satisfação rápida associado a cravings ou mesmo adições. Com a qualidade de vida perdida, deixamos de reagir às agressões que nos ameaçam. Como recuperar esta conexão? Por onde começar de novo?

Sim, podemos aceitar que funcionamos melhor sobre pressão. Mas temos que garantir que sabemos encontrar o equilíbrio entre ambos os estados – stress e relaxamento. Este equilíbrio depende de inúmeros fatores e dimensões da vida individual. Caminhos que o yoga terapêutico explora de acordo com cada perfil individual. Para transformar este assassino silencioso, no poder pessoal de cada um de nós!

Leitura complementar

Sapolsky, R. M. (2005). Porque é que as zebras não têm úlceras. Henry Holt & Company: Nova Iorque, EUA.